Panorama da IA no Brasil e no Mundo: Onde Estamos e Para Onde Vamos
Com o Brasil entre os líderes globais de TI, entenda os impactos práticos para Bancos e Fintechs que querem acelerar receita com IA no WhatsApp.
Poucas vezes o Brasil esteve tão bem colocado no jogo global da tecnologia quanto agora.
O setor de TI cresceu 13,9% em 2024 e consolidou o país como o maior mercado da América Latina, com 34,7% dos investimentos regionais em tecnologia.
É o que mostra a ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software), citada por veículos como Nearshore Americas e TI Inside.
A projeção para 2025 é de
mais 9,5% de avanço, impulsionado por inteligência artificial, computação em nuvem e automação (BNamericas).
No contexto mundial, a
Gartner prevê que os gastos com TI alcancem US$ 5,61 trilhões em 2025, alta de 9,8% sobre o ano anterior.
E não é mistério qual força está puxando essa expansão: inteligência artificial.
Se olharmos para o mercado brasileiro, essa maré representa uma oportunidade histórica.
O país reúne população conectada, setor bancário digitalizado e empresas dispostas a acelerar.
Quem aproveitar agora, cresce.
E quem não, vai ficar assistindo à concorrência disparar.
Este artigo traz um Panorama da IA no Brasil, com destaque para o setor financeiro, conectando tendências globais, regulação e, sobretudo, como transformar IA em receita via WhatsApp.
Panorama de IA no Brasil e crescimento do setor de TI
O Brasil não é coadjuvante nessa corrida.
Os dados globais indicam um movimento claro de consolidação da IA como força econômica e o país está posicionado para capturar parte desse valor.
- O IDC calcula que o gasto em IA e IA generativa deve saltar de US$ 235 bilhões em 2024 para mais de US$ 630 bilhões até 2028;
- Dois terços das empresas já testam agentes de IA em algum nível, segundo a BCG;
- A McKinsey projeta que a IA generativa pode adicionar entre US$ 2,6 e US$ 4,4 trilhões por ano à economia global.
Com seu mercado financeiro altamente digitalizado, empresas competitivas e escala continental,
o Brasil tem espaço para capturar ganhos econômicos diretos dessa transformação.
Esse movimento de consolidação mostra que a IA já não é apenas suporte operacional, mas motor de receita.
Esse movimento global mostra que a IA já deixou de ser apenas um experimento de laboratório para se tornar um verdadeiro motor de resultados concretos.
No setor financeiro, algumas alavancas se destacam por transformar investimento em retorno de forma mais rápida:
- Aquisição de clientes (pré-qualificação e ofertas contextuais);
- Cross/Up-sell (recomendações em momentos de vida e transações);
- Collections/Recovery (agentes de IA no WhatsApp para renegociação e lembretes inteligentes);
- Experiência do cliente (CX) (resolução ponta a ponta com linguagem natural).
Para avançar nesse caminho, muitas empresas optam por pilotos de 90 dias, estruturados de forma clara: definem um problema de negócio específico, garantem que os dados estejam disponíveis e com governança adequada, estabelecem métricas de sucesso, delimitam os riscos e já projetam um plano de escala.
Essa abordagem prática é fundamental para que projetos saiam do papel e se tornem operações escaláveis.
Quer entender como isso acontece na prática no setor financeiro?
Confira nosso artigo sobre o papel fundamental da Inteligência Artificial nas vendas de serviços financeiros
Regulação da inteligência artificial no Brasil em 2025
Não basta tecnologia.
Para um ecossistema florescer é preciso segurança jurídica, especialmente no setor financeiro.
O Senado Federal aprovou em dezembro de 2024 o Projeto de Lei da IA, criando o primeiro marco regulatório para inteligência artificial no Brasil.
Já em maio de 2025, o
PL2338/23 tramitava na Câmara dos Deputados.
Ele propõe classificar sistemas de IA conforme o nível de risco, além de estabelecer regras para IA generativa, privacidade e responsabilidade.
Esse arcabouço pode ser considerada uma virada de chave.
Ele reduz insegurança regulatória, protege consumidores e dá previsibilidade para investimentos.
No mercado financeiro, que lida com dados sensíveis e exige compliance rigoroso, esse é um passo estratégico.
Para Bancos e Fintechs, a regulação vai além de limitar ou impor obrigações: ela funciona como um acelerador de investimentos, justamente porque reduz riscos jurídicos e cria previsibilidade.
Na prática, isso significa estabelecer governança clara para os modelos de IA, definindo papéis, responsabilidades e ciclo de vida do uso da tecnologia.
Também exige a manutenção de trilhas de auditoria com registro e rastreabilidade de decisões, a realização de monitoramento contínuo de vieses e performance, e a garantia de níveis adequados de explicabilidade proporcional ao risco.
Outro ponto essencial é a adoção do conceito de privacy by design, em que a proteção de dados já nasce incorporada ao projeto.
Um roteiro prático de conformidade, seguido hoje por empresas de ponta, costuma começar pelo inventário dos casos de uso em operação e pela avaliação de risco de cada um deles.
A partir daí, são definidos controles e políticas específicas, implementados mecanismos de monitoramento contínuo e consolidados relatórios executivos que permitem auditoria e prestação de contas.
Esse ciclo não apenas assegura conformidade regulatória, mas também aumenta a confiança de investidores e acelera a adoção da IA no mercado financeiro.
Veja como isso se conecta ao avanço do Open Finance neste artigo.
Tendências globais e inovações em inteligência artificial
Muita gente continua no estágio do “vamos testar” quando o assunto é IA.
Mas os líderes de verdade já passaram dessa fase: estão estruturando operações inteiras com foco no resultado.
Não estamos mais falando de protótipos bonitos em apresentações, mas de impacto real em três pontos que ninguém ignora:
- aumentar receita,
- cortar custos,
- melhorar a experiência do cliente.
O que separa as iniciativas que funcionam das que ficam no papel é a especialização.
Soluções genéricas entregam pouco.
Já aplicações desenhadas para resolver dores específicas de um setor conseguem retorno rápido e visível.
O mercado financeiro já provou isso: agentes de IA usados em renegociação de dívidas, cobrança, vendas e atendimento chegam a
taxas de conversão que ultrapassam 70%.
Esses exemplos deixam claro que a IA permite escalar operações sem renunciar a empatia, personalizar em grande volume e transformar a jornada do cliente de ponta a ponta.
Para os players que já querem avançar da teoria para a prática, detalhamos os passos de implementação em nosso artigo:
"Como bancos e fintechs podem implementar IA para elevar a receita"
Adoção digital e oportunidades via WhatsApp e IA
No Brasil, a eficiência digital tem nome: WhatsApp.
Segundo a
DataReportal, em janeiro de 2025 o país somava 144 milhões de identidades de usuários de redes sociais.
Desses, 124 milhões estão no WhatsApp, o que faz do Brasil a segunda maior base mundial da plataforma (Backlinko).
Isso significa que a chance de escalar relacionamento com clientes está literalmente no bolso de cada consumidor.
Integrar IA a esse canal permite:
- Automatizar negociações complexas com linguagem natural;
- Personalizar interações conforme o perfil do cliente;
- Operar 24 horas por dia com baixo custo e alta escalabilidade.
A O2OBOTS já aplica esse modelo no mercado financeiro, treinando agentes de IA para aumentar renegociações de dívidas e acelerar receita de serviços financeiros para Bancos e Fintechs.
É a prova de que tecnologia e canal, quando bem combinados, redefinem resultados.
Conclusão: o futuro da IA no Brasil e as oportunidades para bancos e fintechs
O Brasil entrou em 2025 jogando grande: crescimento acima da média global, base conectada, regulação em andamento e casos concretos de aplicação em IA.
É um raro alinhamento de fatores, mas esse crescimento não está garantido.
Ele depende de escolhas estratégicas.
De empresas que saibam agir agora, cercando-se de parceiros capazes de transformar tecnologia em resultado.
O movimento já começou.
A diferença estará entre quem lidera e captura valor, e quem fica apenas observando a concorrência avançar.
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